- Kihon 01 - Ataque e defesa simples
- Kihon 02 - Posição do pé com movimento
- Kihon 03 - Ataque e defesa simples (avança, vira e volta)
- Kihon 04 - Técnica de Shiai-Kumite
- Kihon 05 - Ataque e defesa, conjuntos resumidos (4, 5 e 7 maneiras)
- Kihon 06 - Ataque e defesa com contra golpe (Kihon de Ippon Yakussoku-Kumite)
- Kihon 07 - Ataque duplo e defesa dupla
- Kihon 08 - Ataque triplo e defesa com contra golpes (Kihon especial)
- Kihon 09 - Taissabaki (esquiva)
- Kihon 10 - Sanbon-Kumite
- Kihon 11 - Ataque completo
- Kihon 12 - Shiko-Kogueki (ataque quatro lados) e Shiho-Uke (defesa quatro lados com contra golpe)
- Kihon 13 - Tobi-Gueri e defesa com adversário
- Kihon 14 - Técnica de ataque com adversário
- Kihon 15 - Treinamento de firmeza, fortalecimento da asa e calejamento de antebraços e abdome
- Kihon 16 - Ukemi e Chugaeri (cambalhota)
- Kihon 17 - Aiuchi (arrancada, velocidade, Kime e controle)
- Kihon 18 - Yobiashi e Hikiashi em Nekoashi-Dachi e Shiko-Dachi
- Kihon 19 - Kihon do Mestre Chibana
- Kihon 20 - Exame para faixa preta da União Shorin-Ryu Karate-Do Brasil
- Kihon 21 - Arranque para Kumite
- Kihon 22 - Base resumida em conjunto
- Kihon 23 - Técnica de aproximação
- Kihon 24 - Base mista
- Kihon 25 - Várias defesas duplas
- Kihon 26 - Defesa Pessoal, Técnicas de saída de Agarramento
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Kihons
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Artigo sobre o sensei Yoshihide Shinzato
Por: Ana Laura Azevedo (jornalista responsável pelo site Karatedo on-line)
Colaboraram: Sensei Jorge Yoshimura e Sensei Márcio Marques de Oliveira
Colaboraram: Sensei Jorge Yoshimura e Sensei Márcio Marques de Oliveira
O Sensei Yoshihide Shinzato nasceu em Haebaru-Sho, na ilha de Okinawa (Japão), no dia 15 de março de 1927. Seus pais eram Seijun Shinzato (lavrador) e Kama Shinzato (do lar) e tiveram mais três filhos.Seu primeiro contato com as artes marciais se deu na época escolar, aos 12 anos de idade. Os primeiros mestres com quem treinou foram Anbum Tokuda (karatê-do) e Sokon Itokazu (judô). Sensei Shinzato conta que decidiu praticar artes marciais para “eliminar o complexo com a estatura baixa”.
Sensei Shinzato com armas de kobudo: à esquerda, Sai; à direita, Tonqua
Shinzato também treinou karatê-do com o mestre Choshin Chibana e kobu-do (arte marcial precursora do karatê-do, em que se treina com as armas de Okinawa) com os senseis Akamine Shikan, Katsuyoshi Kanei, Masahiro Nakamoto. Para o sensei Shinzato, karatê-do e kobu-do são “como duas rodas de carroça, um beneficia o outro, um completa o outro”. Ele acredita também que as principais habilidades desenvolvidas pelo treinamento de karatê-do e kobu-do são “tadashi shissei – formação total, posição do homem perfeito, força, equilíbrio físico e mental”. Em 15 de janeiro de 1954, após dois meses de viagem de navio, Sensei Shinzato desembarcou no Brasil, para onde veio, em suas próprias palavras, “em busca de aventura”, já que “no Japão era funcionário publico e tinha uma vida estável”. No início de sua vida no Brasil, Yoshihide Shinzato trabalhava na lavoura, e começou a ensinar karatê-do aos jovens da colônia japonesa, procurando “não esquecer o karatê que havia aprendido com seu mestre”. Sobre as diferenças na forma como as artes marciais são tratadas no Brasil e no Japão, Sensei Shinzato afirma que os japoneses as encaram como defesa, agem como guerreiros, já os brasileiros praticam as artes marciais de um modo leve, rápido e esportivo.
Sensei Shinzato ao lado do Sensei Hector J. Ceballos, da Argentina
Dentre os primeiros alunos e colaboradores, o Sensei destaca Taro Uehara (hoje vereador de Santos-SP), que auxiliou na abertura de sua primeira academia. Um dos professores de destaque que treinaram com Sensei Shinzato é Hector J. Ceballos, 8º dan, delegado da Argentina, país que possui 350 academias filiadas à IUSKF (International Union Shorin-Ryu Karatedo Federation).Sensei Shinzato se casou em 21 de dezembro de 1949 com Tomi Shinzato. Tiveram oito filhos, sendo cinco mulheres e três homens (Masahiro, Mitsuhide, Kazuo, Etsuko, Naoko, Yoriko, Valquiria e Kimi). Destes, dois praticam o karatê-do. Em 1962, o Sensei Shinzato fundou em Santos-SP a Academia Santista de Karatedo, que em 1970 passou a se chamar União Okinawa Shorin-Ryu Karatê-do do Brasil, e fazendo um balanço da evolução das artes marciais durante todos esses anos de treinamento ele reflete que houve uma ótima evolução, um grande crescimento, a realização de um sonho.
Além da academia matriz em Santos, Shinzato ministrou treinos no Clube Nissei Vicentino, nos Fuzileiros Navais de Santos, no Forte Itaipu e no 2º Batalhão De Caçadores (São Vicente). Em 1976, funda em Santos a USKB – União Shorin-Ryu Karatê-do do Brasil e, em 1992, o sensei funda a International Union Shorin-Ryu Karatê-do Federation. Também em Santos, foi fundada a União Shin-Shu-Kan de Kobu-do. Para o Sensei, essas entidades são importantes para manter contato e amizade, demonstrando a união e a harmonia e respeitando as outras artes marciais. Sensei Shinzato afirma que o importante para o futuro das artes marciais é “transmitir para o aluno aperfeiçoamento próprio, sempre trabalhando a teoria, filosofia e a prática, nunca esquecendo a divulgação (pois se trata de uma arte, e toda arte deve ser mostrada)”.Completando hoje 80 anos, o Sensei Shinzato ocupa os seguintes cargos reconhecidos pela CBK:
· Kobu-Do Hanshi
· Presidente da Associação Okinawa Shorin-Ryu Karatê-Do Brasil
· Presidente da União Shorin-Ryu Karatê-Do Brasil
· Membro da Banca Examinadora da Federação Paulista de Karatê-Do (Kodansha).
· Membro da Banca Examinadora da Confederação Brasileira de Karatê-Do (Kodansha).
Esta é a mensagem que o Sensei Yoshihide Shinzato gostaria de deixar aos praticantes de karatedo:
“KARATE-DO WA KAKORO MIGAKU
KARADA WO KITAERU
SOSHITE YUYE KINA SHAKAEJIN O TSUKURU.”
“APERFEIÇOAR A ALMA.
TREINAR O CORPO PARA FICAR FORTE.
DESTA FORMA SE TORNAR UTIL PARA VIDA SOCIAL.”
Yoshihide Shinzato:
*15/03/1927 +13/01/2008
Nota oficial da CBK
É pouco provável que alguém que estivesse no porto de Santos, bem no início daquele já distante ano de 1954, notasse aquele pequeno jovem de semblante alegre e disposição envolvente em meio aos imigrantes que desembarcavam em nosso país. Seu nome: Yoshihide Shinzato. Trazia em seu íntimo o sonho de conhecer um país distante e desenvolver uma profícua vida como agricultor, pois conseguira superar os horrores da II Grande Guerra Mundial, o que segundo suas próprias palavras lhe ensinou a ver cada novo dia como uma vitória.
Pouco tempo depois, na festa de inauguração do Parque do Ibirapuera, em 25 de janeiro de 1954, em São Paulo, esse mesmo jovem encantava a multidão presente ao evento com suas habilidades em artes marciais, prenúncio do que estava por vir.
Poucos anos se passaram até se dar a inauguração de seu primeiro dojo, à rua General Câmara, em Santos. Seguiu-se a fundação da União Shorin Ryu Karatedo Brasil já nos anos 70 e, a partir de então, a onda do karatê se alastrou pelo país e em torno da entidade. Naturalmente ocorreu a superação das fronteiras nacionais, atingindo vários países da América do Sul e até outros continentes, dando origem à International Union of Shorin Ryu Karatedo.
A ressonância de seu trabalho levou-o ao reconhecimento pela World Karate Federation como 8° Dan em 1998 e ao título de cidadão santista bem como a obtenção de diversas comendas, títulos e homenagens já em anos mais recentes. Mas não devemos aqui nos restringir a uma série de fatos na vida do sensei ; é nossa obrigação dar destaque ao fato de que aliava à capacidade técnica e ao grande conhecimento sobre artes marciais, uma doce e ingênua habilidade no trato com as pessoas, ao mesmo tempo em que as instruía com seriedade na disciplina severa que é necessária para que se possa evoluir na prática das artes marciais.
" Ele não foi apenas um instrutor de artes marciais, foi um formador de homens”.
Portanto, no momento em que Sensei Yoshihide Shinzato parte, nós devemos nos lembrar de quão bom foi conviver com ele, devemos nos deixar inspirar pela sua personalidade cheia de jovialidade, devemos nos nutrir de seu exemplo de energia e dedicação e devemos, sobretudo, valorizar o legado, a obra ímpar que edificou ao longo de seus oitenta anos de vida!
Vá com Deus, Sensei
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