Encenado na década de 1930, o filme trata da disputa entre dois discípulos pelo legado de seu mestre falecido, no caso a sua faixa preta, que dará ao vencedor da disputa o título de novo mestre do Dojo Shibahara, onde estudam. Seguindo a tradicional linha maniqueísta do cinema oriental, um dos discípulos (Giryu) se envereda pelo caminho do bem e do Karate usado defesivamente, enquanto o outro (Taikan) se envereda pelo caminho do mal e do Karate ofensivo, contrariando os próprios ensinamentos do falecido Sensei Eiken Shibahara.
O pano de fundo histórico da trama é a introdução do Karate, já então absorvido no arquipélago principal devido ao trabalho de GishinFunakoshi alguns anos antes, na grade de ensinamentos do exército japonês (no filme representado pela tropa liderada pelo Capitão Tanahara). Passando-se nos anos imediatamente anteriores à Segunda Guerra Mundial, período em que o expansionismo do Japão, membro do Eixo, juntamente com a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini, tocava os confins da Ásia e fazia daquele país a maior potência militar do extremo oriente, o filme é ambientado na ilha de Kyushu e mostra karatecas utilizando os ainda não universalmente aceitos Karate-Gis.
A maioria das críticas positivas leva em conta o realismo das cenas de luta, a profundidade com que a filosofia do Karate é tratada, a técnica apurada dos atores e a bela fotografia. Atestam que, diferentemente de Karate Kid, Blockbuster da Década de 1980, o filme mostra um Karate mais realista e de qualidade muito superior.
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